terça-feira, fevereiro 7

O Islão, a religião com maior ritmo de crescimento

Numa ocasião em que os muçulmanos andam exaltados pelo que chamam de ofensa religiosa, fica aqui este apontamento.

Um quinto da humanidade segue o islão, a religião com maior ritmo de crescimento e talvez a mais mal compreendida. Confrontados com o mundo moderno laico, os muçulmanos regressam de novo às raízes da sua fé.
Este é um excerto da reportagem que pode encontrar na edição impressa da NGM – Portugal.
Difundida cinco vezes por dia, de Xangai a Chicago e de Jacarta a Tombuctu, a chamada à oração do Islão inflama a alma dos muçulmanos devotos em todo o Mundo. O hino melódico do Islão ao Criador, ora projectado por altifalantes metálicos nas ruas cheias de gente da cidade, ora pairando no ar como a canção murmurada dos condutores de camelos ajoelhados na areia, começa sempre pela mesma frase em árabe, usada pelos muçulmanos há quase 1.400 anos. "Allah . . . u akbar", cantam os fiéis. "Allahhhhh . . . u akbar! - Deus é grande!" No mundo de hoje, cerca de 1.300 milhões de pessoas - uma em cada cinco - prestam atenção à chamada do Islão, abraçando a religião que mais depressa se expande na Terra e que conta com 80% de crentes fora do mundo árabe. Para essas pessoas, o Islão é uma ligação pessoal íntima com o mesmo Deus venerado por judeus e cristãos, uma fonte de esperança num mundo conturbado. O termo Islão é uma palavra árabe que significa "submissão a Deus", cujas raízes etimológicas se encontram firmemente implantadas na palavra salam, ou paz. Esta origem pode surpreender muitos não-muçulmanos, cujo conhecimento desta fé tem sido distorcido por terroristas - muitos deles provenientes do Médio Oriente - que praticam actos inqualificáveis em nome do Islão, condenados pelos líderes de todo o Mundo. "A paz é a essência do Islão", afirma o príncipe El Hassan bin Talal da Jordânia, irmão do falecido rei Hussein e descendente de Maomé. O príncipe El Hassan é membro da direcção da Conferência Mundial sobre Religião e Paz e despende grande parte da sua energia a construir pontes de compreensão entre o mundo muçulmano e o Ocidente. "O respeito pela santidade da vida é a pedra angular da nossa fé e de todas as grandes crenças", diz. Tal como o judaísmo e o cristianismo, a linhagem do Islão remonta ao profeta Ibrahim (Abraão*), um pastor nómada da Idade do Bronze com quem Deus (Allah, em árabe) estabeleceu alianças que se tornaram nos fundamentos das três fés. Os muçulmanos veneram os profetas hebreus, incluindo Moisés, e consideram o Antigo e Novo Testamentos como parte integrante da sua tradição; discordam dos cristãos quanto à divindade de Jesus, mas respeitam-no como mensageiro de Deus, tendo por ele especial apreço. Para os muçulmanos, o mais eminente dos mensageiros é o profeta Maomé. Nascido cerca de 570 d.C. em Meca, cidade que actualmente fica na Arábia Saudita, Maomé foi um órfão criado pelo avô e pelo tio e que se tornou um homem de negócios modesto e respeitado. Rejeitou o politeísmo prevalecente na época e preferiu o Deus único adorado nas comunidades cristãs e judaicas da região.
Texto de Don Belt
Leia a história completa nas páginas da National Geographic Magazine.

1 Comments:

Blogger Era uma vez um Girassol said...

Vivemos em tolerância...na teoria. Acredito, pois, que todo este movimento de revolta é instigado para levar à instabilidade social. São razões políticas e não religiosas.
Acredito que existem em todas as religiões aqueles que seguem princípios que tornam os cidadãos iguais aos olhos de Deus.(apelidado de forma diferente consoante a religião)
As caricaturas serão a desculpa para originar violência.
Mas fiquei muito mais informada com a matéria do teu post!
Bjs

9:20 da tarde

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