terça-feira, julho 3

Moçambique, que futuro?

Recebi de Maputo....

"Bateu no fundo. Eu até já vou achando normal a corrupção generalizada, os indices de criminalidade elevadissimos, as pessoas morrerem de gripe e as mulheres quando dão à luz, os assaltos a bancos com tiroteios à farowest, até a actividade de "rent-a-gun" que a policia desenvolve em beneficio das quadrilhas de ladrões. Mas quando a coisa chega a este ponto, não resta muita esperança a este país.
Em certo sentido, Portugal é um paraiso..."
Advogado baleado em serviço numa esquadra da Polícia
Na manhã de ontem, o advogado Aquinaldo Mandlate foi espancado e baleado pela própria polícia quando se encontrava numa esquadra a assistir funcionários de uma instituição bancária ali presentes a serem ouvidos em auto de declarações.A ocorrência deu-se na esquadra da Machava, em Maputo.O causídico é estagiário da MGA, uma empresa de advogados moçambicanos e portugueses de que também faz parte o veterano do Partido Frelimo e ex-ministro de várias pastas, Dr. Óscar Monteiro.A agressão foi feita por agentes da autoridade quando acompanhava funcionários de um cliente (Instituição Bancária) à esquadra da Machava para serem ouvidos em auto de declarações. “Foi barbaramente espancado pelos polícias e alvejado com um tiro de raspão na cabeça”, refere textualmente um colega da vítima, também advogado, de nacionalidade portuguesa, Dr. Álvaro Pinto Basto num e-mail em poder do «Canal de Moçambique».O Advogado Estagiário Aquinaldo Mandlate encontra-se na clínica especial do Hospital Central de Maputo, “livre de perigo, porém em estado de choque, sendo o seu estado de saúde grave”, escreve ainda Álvaro Pinto Basto.Com esta ocorrência agrava-se o clima de falta de confiança da população nas autoridades policiais. Estas, a vários níveis, estão a praticar excessos e a intimidar a população ao mesmo tempo que se revelam incapazes de combater o crime violento que continua a crescer de forma preocupante em Maputo.Correntes preponderantes da opinião pública consideram em surdina que o excessivo uso da força pela Polícia está a ser estimulado pela direcção do sector no governo de Armando Emílio Guebuza como forma de demonstrar alguma autoridade numa tentativa desesperada de inverter a ideia que cresce e atribui como causa da violência armada galopante em Maputo ao descontentamento de certas forças do interior do regime que a todo o transe tentam desacreditar o governo do actual Chefe de Estado.As contradições entre as chefias da Polícia da República de Moçambique entre si e entre estas e a nova direcção do Ministério do Interior, são também referidas como estando a estimular o descontrolo do pessoal subalterno e a levá-lo à beira de uma crise de nervos susceptível dos excessos em que se enquadrará a ocorrência de que foi agora vítima o advogado Aquinaldo Mandlate.
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 03.07.2007

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A historia foi mal contada pelo advogado. No fim não houve tiro! Não passou tudo de "bluf"!

9:30 da tarde

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