segunda-feira, agosto 27

FARO é notícia

Uma vez mais Faro é notícia, desta vez pela negativa, o que já vai sendo habitual...
No Telejornal das 13 Hs. da RTP 1 de hoje, a notícia, que para nós farenses não tem nada de novidade, que o cais acostável da Porta Nova se está a desmoronar!
Eu pergunto-me é como ainda lá está alguma coisa em pé?!
Os nossos políticos falam com frequência em "abrir a cidade para a ria"...
Ainda na semana passada num programa da TV, em directo de Faro, o Presidente da Câmara falava no problema da linha de caminho-de-ferro que impede a cidade de se virar para o mar!É um problema de difícil solução, alterar o traçado da linha para norte da cidade...Acredito que sim mas o mais importante é ter vontade política para o fazer, o que não me parece existir!
Mas, voltemos ao cais da Porta Nova!
Não me parece que aqui o problema seja de difícil solução!
Se o cais da Praia de Faro foi recentemente "recuperado", seria normal que simultaneamente o de Faro também o fosse, para não se correr o risco de num futuro breve, só chegarem à praia barcos saidos de Olhão....
Lá teremos que "marchar" até Olhão para apanhar o barco para a Praia de Faro! Se, ao menos, houvesse bons acessos rodoviários para a praia, este seria um mal menor...
Mas, quando se pretende minimizar o problema do acesso de milhares de viaturas para a praia de Faro, não se entende que "acabem" com o acesso marítimo!
Até porque este é um excelente cartaz turístico, que dá a conhecer aos visitantes um pouco da beleza da Ria Formosa, proporcionando simultaneamente um excelente passeio e chegar à praia e não ter que andar horas à procura de um "buraquinho" para estacionar!
Ao que parece o problema está agora a ser resolvido num "jogo de ping-pong" entre a Câmara e o Instituto Portuário!
Vamos lá ver se quando acabar o jogo ainda resta alguma coisa de pé no Cais da Porta Nova!
A música é de MaioMoço-"NauCatrineta"

4 Comments:

Blogger Isamar said...

E mais uma vez, estou de acordo contigo.Faro não encontra um rumo, uma rota segura para um desenvolvimento equilibrado. Está moribunda e arrasta-se para a morte. Será irreversível? Será fado seu?
Espero que venha a encontrar um " messias".
Beijinhos

11:08 da tarde
Blogger Carapaus com Chantilly said...

Estão muito bem os critérios de racionalidade que movem a tua crítica, mas até que um turista, de preferência estrangeiro ou criança, não se afogue por ceder alguma das escadas ninguém há-de fazer gaita nenhuma, já se sabe. Das duas uma, ou se afoga o turista de uma vez ou bora todos p'a Olhão!

ML

4:08 da tarde
Anonymous Anónimo said...

Em miúdo fui algumas vezes esperar o barco para a ilha nesse velho cais que afinal continua mais velho. Muita coisa mudou em Faro desde esses tempos, mas nunca ninguém se lembrou ao longo de dezenas de anos de lhe acudir às mazelas que devem ser muitas. Valha-nos essa tentativa entre a CMF e o Inst. Portuário. Oxalá seja desta. O velhinho ais e as gentes de Faro agradecem. António da Louletania.

3:17 da tarde
Blogger Kelfiano said...

Já que estamos em maré de falar da Ria Formosa e, neste caso particular, da área de Faro, acho que toda a preocupação com este cais, onde pesquei algumas vezes uns bons robalos e enguias, é legítima, lembro, no entanto, que as condições de navegabilidade da Ria são cada vez piores; quem observa as marés, principalmente as de maior amplitude (marés vivas), descobre uns fios de água na vazante onde podem navegar uns barquitos de papel. Tenho de afirmar que está na hora de alguém com conhecimento tratar do assoreamento da Ria Formosa, e deixarem-se de proclamar a defesa do ninho do passaroco, espécie única que nidifica nesta zona, implementando medidas restritivas, abusivas e atentatórias da nossa (já pouca)liberdade, esquecendo-se que a Ria cria vida e é da interacção com o homem que pode advir um equilibrio se houver preparação para isso com acções de sensibilização de quem a utiliza e não por imposição de Despacho Camarário, Decreto-Lei,..., por sugestão de Quercuzianos de Gabinete. Nunca ouvi falar dos pescadores africanos, ou outros com meios artesanais, no mar ou em lagoas, dizimarem as áreas de pesca, eles dependem delas para sobreviver, ainda ontem no canal 2 um dizia que lança as redes em desespero de causa, só quando a família está em risco de sobrevivência, caso contrário só á linha. Esta é a atitude tomada geralmente pelas grandes empresas pesqueiras? Ainda há peixe? O polvo, por exemplo,diminui a apanha 50% num ano e culpam os pescadores amadores? Que tal investir em acções de sensibilização aos moradores das ilhas de Faro e Olhão, principalmente na época balnear, alertando-os para as dimensões do pescado das várias espécies em vez da sistemática caça à multa? As actividades da apanha dos bivalves ou das minhocas da lama são das poucas que ainda remexem os lamaçais na vazante, locais onde o peixe vai comer quando a maré enche. Já alguem ouviu falar da proibição de apanhar ameixoas com um utensilio rudimentar, uma pá de mão ligeiramente dobrada na ponta, instrumento feroz na apanha, ou será que quem legisla nunca apanhou uma ameijoa a não ser no prato. As ameijoas fazem doer as costas. Apanhar casulo canudo à unha? Deixa-me rir.Só se estiver morto. Cavar à mão para apanhar este bichinho? Tarefa, concerteza, para secretário de estado, um simples motorista é incapaz da desempenhar. A pá comprida, instrumento do Diabo, está proibida. Na ilha da Armona quase não há casulo canudo, ameijoa só nos quintais que têm dono, vá lá os nossos queridos turistas e veraneantes reformados residentes ainda encontram uns berbigões (que deixam a secar nos baldes sem água porque esta tem algum peso e eles estão de férias não estão para carregar pesos, jogam-se os berbigões na água de novo pois na secura do Estio faleceram de insolação). Uma novidade: não há peixe na ria a não ser a criação, os outros, os grandes ou são apanhados pelos experts e à socapa, lá cai um bicho de 5 ou 6 Kg de vez em quando, em dias cada vez mais raros, ou estão de conluío com as Autoridades e só circulam nas áreas onde é proibido pescar(em quase todo o lado é proibido pescar, excepto nos locais onde não há peixe, como na costa da nossa ilha de Faro e só depois das 20 h e a 300 m de concessionários e... enquanto houver praia, e na ponte da praia também é proibido lá pescar enquanto houver ponte depois pode ser, os carros é que não passam depois dela cair. Porque não proibir os carros e permitir os pescadores? Mais higiénico e muito mais ambiental. Em Ano de protocolo de Quito e com o Sócrates tão empenhado com o Bush. Produzimos muito menos CO2 pelo tubo de escape (é mais pulmonar)por mais metano que libertemos. Já que falei em circulação lembro que paragens e automóveis não têm significado se não houver vias adequadas. Olhem o assoreamento da Ria que é visível a olhos nús, de dia para dia não é só no final de cada ano.
Com ironia e sarcasmo q. b. tinha de falar de automóveis, circulação, ambiente e poluição relembrando assuntos sérios em jeito de brincadeira porque a rir também se gravam na nossa memória assuntos que nos merecem grande consideração.
Saudações benfiquistas
M. Parreira

5:44 da manhã

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