quarta-feira, outubro 15

Comentários "filtrados"

Caros visitantes!
Face ao que se tem vindo a passar no "Faro Este", onde com frequência aparecem comentários menos correctos e com linguagem obscena, a partir desta data os comentários passam a ficar sujeitos a uma "filtragem"!
Certamente que os habituais comentadores, que usam uma linguagem correcta sustentando as suas teorias, irão continuar a aparecer e será com prazer que os iremos ler!
Quanto aos outros, espero que revejam a forma como se exprimem!
Acredito que também estes irão ter um pouco mais de cuidado e assim os seus comentários também continuarão a ser lidos no "Faro Este"!
Obrigado a todos
Pedro

6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Parabéns! Já tinha proposto que o fizesses!Julgo que o blog só tem a ganhar.
JF

8:01 da tarde
Anonymous Anónimo said...

Plenamente de acordo com o JF.
Luís Pinto

8:55 da tarde
Blogger Unknown said...

A SOCIAL DEMOCRACIA DE OUTONO (3)

[Rogério Barroso - quarta-feira, 15 de Outubro de 2008]

«O que o governo quer com este orçamento, a obrigação do Estado, é ajudar as pequenas e médias empresas e os empresários!».
Ontem, José Sócrates proferiu estas palavras à frente das câmaras das televisões. Com estas palavras – que não são mais que a expressão ultra-acabada da hipocrisia política, super--aperfeiçoada do cinismo pessoal, hiper-retocada da maldade consciente e voluntária –, o primeiro-ministro apenas fala verdade. Ele bem quer que estas palavras representem, para o comum dos cidadãos, expressões demonstrativas de que ele e o seu governo apostam na salvação histórica da pátria e na elevação social do povo. Aliás, quem anda nestas coisas da política, ou está atento a ela, bem sabe que a maioria do povo até ouve e grava estas palavras como tal, sem se esforçar por fazer qualquer análise etimológica (isto é: fazer por descobrir simplesmente o quer dizer cada uma das palavras), sem necessidade de qualquer esforço de crítica epistemológica política (isto é: sem necessidade, sequer, de saber o que é que se esconderá por detrás de tão “boas intenções”).
Na realidade, o que José Sócrates acha é que o Estado, que saca milhões e milhões do bolso dos cidadãos, tem como obrigação, não a criação das condições de bem-estar colectivo de todos esses cidadãos, mas – com o valor desse saque – ajudar as “pequenas e médias empresas” (esta expressão é fantasiosa, foi habilmente instalada na cabeça de muitas pessoas, mas não quer dizer rigorosamente nada de concreto) – e, o que é mais!, «os empresários».
José Sócrates fala ainda mais verdade quando quer ajudar empresas, mas apenas as que são pequenas ou médias. As grandes empresas, ele não as contempla. Em sua substituição, quer apenas ajudar os seus donos («os empresários»).
E estas ditas grandes empresas são logo as que mais empregados têm, como é o caso do Estado. Não há problemas para a consciência desta gente em deixá-las cair, em deixar que a sociedade corra o risco da tragédia que é o desemprego, e da tragédia maior ainda que é o seu avolumar. P’ra esta gente da governação - e seus arredores atentos, veneradores e obrigados - basta que esteja garantido o “seu”, que, como todos sabemos, não é nada pequeno, além de ser totalmente imerecido.

*

Manuela Ferreira Leite, que preside ao PPD/PSD, veio para a comunicação social, depois da reunião com Sócrates, apelar ao povo português para que cumpra o seu dever de confiar no sistema financeiro, que é exactamente aquela “coisa” que, em concreto, ainda ninguém explicou ao povo o que é. Alguns deputados do seu partido, que funcionam nas televisões como analistas, comentaristas e paineleiros, fazem coro com os do PCP, os Verdes e os do Bloco de Esquerda nas reivindicações da oposição, na esperança de que os eleitores os considerem também como oposição à governação. Algumas caras do CDS/PP aparecem nas televisões a dizer que são contra tal e tal, mas…
A oposição ao actual sistema - dominado pelos caciques encobridores oficiais da gatunagem do regime – é desenvolvida apenas pelos três partidos sentados à esquerda, nas bancadas da Assembleia da República, aos quais o povo português não deu mais do que 15% dos votos [Meu povo e minha pova!...]. Ora, como o PS segue a via direitista da política, não há razão para oposição da direita nem da extrema-direita (PPD/PSD e CDS/PP, respectivamente). Pudera! Corres-lhes a vida de feição.

*

Em Espanha manifestaram-se muitos milhares de pessoas numa concentração destinada a reclamar mais de três mil milhões de euros, valor dos depósitos deixados pelo povo num banco que abriu falência, enquanto as bolsas de valores mobiliários voltaram a cair em todo o mundo dominado pelo capitalismo norte-americano.
«Especialistas» (por assim dizer!) comentadores das televisões não têm a certeza de não haver razões para pânico, denunciando que, em Portugal, o único banco que viu crescer o capital dos particulares em depósitos foi a Caixa Geral de Depósitos, «qu’ainda por cima é do Estado». Dizem mais: que o jogo da bolsa evolui entre dois marcos: o medo e a ganância [O que eles são capazes de dizer!...].
O governo de Sócrates prepara a entrega do que é do povo (participações de capital em quatro grandes empresas, entre as quais a Galp e a Tap, por 1.500.000.000,00 €, correspondente a 5% do valor com que diz garantir as administrações dos bancos [Quem dá aos ricos, empresta a deus!...]). Parece não terem aprendido com a privatização dos bancos que eram do povo português, iniciada por Mário Soares e continuada por todos os governos seguintes, e que deu o resultado que está à vista.

*

Na Islândia, a seguir à falência dos bancos norte-americanos ali instalados, está o país à beira da bancarrota, enquanto George W. Bush, alvo de um relatório oficial que o acusa de ter ordenado pessoalmente a tortura de prisioneiros em Guantanamo, desenvolve, por meio das suas agências de inteligência, a guerra entre o Laos e a Tailândia, que poderá estar para começar e que, a acontecer, será mais uma importante fonte de rendimento para os sionistas da 5.ª avenida de Nova Iorque, para os falcões do Pentágono e para o Vaticano.

E nós cá vamos, «com a cabeça entre as orelhas» (palavras escritas por Sérgio Godinho).

10:43 da tarde
Anonymous Anónimo said...

Concordamos e já agora aproveitamos para informar que o Bçog TEM AVONDE, está acessivel a todos também com "filtro" e que estamos ao dispôr de todos. Uma LAGE Com NORTE.

12:50 da tarde
Anonymous Anónimo said...

Oh Pecaaas,
Segundo creio fui dos primeiros a sugerir-lhe essa medida.
De facto, talvez pelo interesse despertado, o sue blog tem já uma variedade enorme de leitores e com o (des)nivel a que chegaram alguns bloguistas arriscava-se a perder aqueles que o visitam por bem.
Abraços
Um Alentejano de Faro
P.S. O Amigo Rogério Barroso tambem podia filtrar, no tamanho que é enorme e torna-se desinteressante ler tudo o que escreve,a sua prosa.

7:10 da tarde
Blogger Unknown said...

Respondo ao mê compadre Alentejano de Faro:
1 - Depois de tantos anos de vida a lutar contra o fascismo e por outras causas igualmente perdidas, quando eu não pudesse escrever exactamente o que penso, tornava-me desinteressante;
2 - Também tive uma época na minha vida que estive sujeito a filtros - que, por sinal, se chamavam "lápis azul" -, mas agora, quando isso acontece, eu vou-me andando devagar e sorrindo.
Um abraço.
Rogério Barroso

3:45 da tarde

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