quarta-feira, dezembro 3

Ausência

Uma deslocação profissional a Bolonha vai levar a que os comentários no "Faro este" não possam ser moderados nos próximos três dias!
Pelo inconveniente apresento as minhas desculpas!
No próximo sábado tudo voltará à normalidade!

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Por ser um assunto que está na ordem do dia e por ter achado interessante este comentário do C. de Quarteira aqui fica:Ao princípio, argumentava-se que o sistema era complexo, burocrático, injusto, que os avaliadores podiam não “pescar uma ova” da matéria dos avaliandos… Bem, então o Governo cedeu onde achou que devia ou onde podia.
Falho de argumentos, o Sindicato, pela boca de um professor que nunca deu mostras de excelência, passou a recusar sentar-se à mesa para negociar sem que a “outra parte” – a que, em princípio quer meter um pouco de ordem na desordem existente – não dissesse previamente que cedia ao que o senhor do bigode, falando “em nome de todos”, reivindicasse.
Assim uma coisa do género “negociamos, desde que todas as minhas exigências sejam satisfeitas e nenhuma das tuas”. Que rico negócio!
Então, decidiu o senhor do bigode: vamos para a guerra. Os alunos que se lixem. O funcionamento normal de uma escola, que se lixe. O que conta é vencer a ministra, vencer o Governo, derrubar o Sócrates.
Bolas! Vamos ser claros: os professores, na generalidade, não querem ser avaliados. É mentira que queiram outro modelo de avaliação. Se o quisessem, porque não o teriam já apresentado?
Para grande parte dos professores reclamantes, a escola está minada por um tipo de seres que lhes não merecem a mínima confiança: os outros professores. Como podem os primeiros admitir que esses fulanos, docentes da sua própria escola, tenham o poder de avaliar o que eles fazem no recato das quatro paredes das suas salas? Avaliados pelos colegas? Era só o que faltava: que esses tipos, de quem se diz mal pelas costas, uns velhos impertinentes, uns vaidosos, ultrapassados mas que têm a mania, que nem uma aula sabem dar, que usam normas pedagógicas do século XVIII, nos viessem avaliar?! Não faltaria mais nada!
Chegamos à razão: Se os professores não querem ser avaliados, também não querem avaliar. Avaliar implica pensar; e pensar só dá problemas. Como é que o professor, cidadão português, fruto de uma sociedade hipócrita, habituado a nunca ter de prestar contas do que fez e, sobretudo, do que deixou por fazer, vai agora ser exigente com o colega?
Sem pretextos plausíveis perante a opinião pública, perante os pais que se sentem prejudicados e por quem têm demonstrado total desprezo, perderam a razão. Mas nem assim se importam, títeres dos mais activos – que não significa que sejam os mais competentes; manobrados por políticos a quem só interessa derrubar quem está a governar, para ver se arranja lugar numa futura governação...
Tenho pena, por todos aqueles verdadeiros Professores (sim, com letra maiúscula) que, felizmente, temos ainda em grande número, que, com a opinião generalizada que os portugueses têm da classe, sobre si vêem tombar um estigma que não merecem.
Eu também tenho o direito de reclamar: Quero que o meu filho tenha aulas. Dadas por professores competentes. Dadas por bons professores. Já! M. dos Santos

7:29 da tarde

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