segunda-feira, dezembro 10

"E.N. 125 - A Estrada da Morte"

Mais um acidente na fatídica EN 125, desta vez mesmo às portas de Faro! Não vou aqui conjeturar sobre o acidente em si, sobre a velocidade a que o condutor seguia, sobre as aptidões do mesmo para conduzir, etc., até porque este é (só) mais um acidente a juntar aos milhares.....
A violência do embate é visível no "buraco" que a viatura abriu na parede da casa de um pacato cidadão que dormia descansadamente, e não morreu por "milagre"!
Pergunto eu na minha "santa" ignorância:- Se houvesse um separador central o acidente tinha tido estas consequências? Creio que não!
A E.N. 125 está "recheada" de pontos negros e as Pontes de Marchil são um deles! Há que combate-los!
Porque é que naquele troço não há um separador? Se ele existe até às Bombas da BP e posteriormente recomeça na "Curva dos Comandos", porque deixaram aquela meia-dúzia de metros sem nada? Economia? Se fôr é uma economia que sai bem cara a todos nós!
É fundamental dotar "o maior centro comercial do país", assim é conhecida a 125, com separadores, radares, bandas sonoras, cruzamentos de nível, polícias, sinalética, e tudo o que possa minimizar o número de acidentes!
Somos um país de "aceleras"! Todos temos a mania que somos Fitipaldi's quando somos dos que pior consuzem a nível da Europa!
O ensino da condução tem que começar nos "bancos da escola"!
Os acidentes em Portugal estão na razão inversa do civismo que (não) temos!
Nada se faz para "ensinar nas escolas o civismo que todos temos que ter!" E assim, Portugal irá continuar por muitos anos a ser dos países com mais sinistralidade!
Que raio de país este que só está à frente naquilo que não presta!?
Compete ao Estado e a cada um de nós dar às crianças portuguesas, o civismo que devem ter! Quando forem adultos talvez tenham o que nós agora não temos! Então, a sinistralidade começará a baixar! Com boa vontade daqui a uns 20 anos teremos resultados, se começarmos já a tratar sériamente este assunto!

10 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Lamentável. Mais um jovem que parte. Condolencias á família e aos amigos.


Quanto a civismo Pedro, simplesmente não há.
Saio de Faro todas as manhãs pela 8 e 30 e neste percurso entre o Jumbo e a saida para o aeroporto coloco-me a 50 kms/hora, não imaginas a quantidade de condutores que me apitam, acendem as luzes, fazem gestos que eu não me apetece perceber para não ter que reesponder, só porque vou cumprindo o código. Inacreditável! Até parece que querem entrar para dentro da mala do carro.
Ah! Neste mesmo troço, num ´sabado de manhã já fui "apanhado " em excesso de velocidade porque circulava a 82 kms/hora. Serviu-me de emenda.
Para mim venham os radares já!
FV

9:44 da tarde
Blogger Isamar said...

Infelizmente mais uma vida colhida em flor. Tanta sinistralidade nas estradas portuguesas! Concordo contigo.
Passa pelo Sophiamar, talvez te lembres dele.
Beijinhos

7:10 da tarde
Anonymous Anónimo said...

De facto dizes tudo o que havia para dizer em matéria de segurança. Não creio que nada mais houvesse a fazer para minimizar o impacto que este acidente teve. Quanto a mim, se houvesse um separador central o impacto seria igualmente violento. Imagina e pensa...qual seriam os critérios mínimos de segurança "rodoviária" para minimizarem um acidente de avião na EN125?
Aparentemente o Sr. circulava a 240 Km hora. Não há separador que salve. Há sim, que cumprir as regras de segurança, pois elas não existem em vão.

9:45 da tarde
Blogger Isamar said...

Voltei para te dizer que, em breve, irei fazer posts sobre o Gaiana e o Tóquim. Este , recordado numa pintura no Museu do Largo da Pontinha. O outro, sempre sentado na Rua de Santo António, ali mesmo à beira da Agência Comercial de Faro. Tentarei recordar figuras de um tempo que não volta mas que não devemos deixar cair no esquecimento.
Beijinhos

10:01 da tarde
Anonymous Anónimo said...

As Tvs com as Formulas, com as series rosas, com os sonhos do mundo virtual onde interessa a facturação das publicidades, provoca nos nossos jovens um sentimento de capacidade total de sobrevivencia. Os nossos jovens sentem-se imortais.
E às vezes, lixam-se e, lixam-nos.
Todos os dias nestas vias de sufoco, quase todos os condutores atropelam os carros da frente... Bastava por o pe no travão para resolver algum mais velho dano na traseira do nosso carro.
De um modo mais imbecil, porque real, sempre disse o que um dia ouvi: "ao sol posto, as mulas nao precisam de serem dirigidas. Basta-lhes o cheiro da fava e da água,e aí vão elas..." Conduz-se muito assim, por cá, pela nossa terra.
Continuem então os saborosos velhos a financiar carros de muitos cavalos aos jovens que ainda não tiveram tempo para cheirar a terra...defeitos do nosso Algarve.
Sophiamar, parece-me, com profundo respeito, que as suas nuvens andam muito no sonho. Que admiro profundamente.
Mas há mais gente a recordar, só aqui, em Faro.
Sou dessas épocas.
Sans rancune.
Se fossemos falar de todos os personagens? Então e o Jovito??
Cordiais cumprimentos.

10:35 da tarde
Anonymous Anónimo said...

A 240 km/h por hora?! Mas está tudo parvo ou quê? Já pensaram que alguém pode ter saído de um parque qualquer ali nas redondezas, ou que vinha alguém em contra-mão, ou que alguém atravessou a estrada, ou pura e simplesmente houve uma avaria mecânica no carro? Moralistas de merda!!! Até parece que nunca cometeram nenhum excesso na vida... provavelmente, até cometeram só que não tiveram o azar que o Rui teve.
Vozes de asnos não chegam ao céu.

João Resende

11:23 da tarde
Anonymous Anónimo said...

A culpa é sempre da estrada, do tempo, da sinalização, das regras do código, do outro e até do trânsito.
Um excesso todos cometemos mas maior parte dos tipos reincidentes em alcool e em velocidade anda por aí feliz da vida e eu, a partir de janeiro, se acender um cigarro levo da grossa.

12:21 da manhã
Anonymous Anónimo said...

A rigidez dos códigos são ritmadas pela falta de cultura e do constante desrespeito social. Se todos respeitassem as liberdades uns dos outros, não haveria necessidade de códigos e normas radicalmente proibitivas....essa do cigarro é mais uma...quanto a mim seria desnecessária se houvesse respeito e compreensão, mas infelizmente o português tem a necessidade de escrever aquilo que pode ou não pode fazer.

3:59 da tarde
Anonymous Anónimo said...

Só levas da grossa se acenderes o cigarrito em locais fechados.

4:00 da tarde
Blogger Unknown said...

Apenas para concordar com o Pedro Cabeçadas.

O meu sogro morreu ali há dois anos, atingido por um carro que saiu em contramão após despiste. Curiosamente também um Audi.

Mais uns metros de separador e também tinha sobrevivido....pois o embate não teria acontecido.

Nem tudo são maus condutores, e pode acontecer a qualquer um de nós receber um embate frontal, quando vamos pacatamente a 50 km/h na nossa via.

Como o do caso que relatei.

1:44 da tarde

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